Criptografia para celulares GSM
Muito se fala sobre a segurança das redes de telefonia GSM e sua capacidade de oferecer certa proteção ao conteúdo das conversas telefônicas, recurso também conhecido como voice privacy feature. Porém dizem por aí que o próprio Marconi, um dos inventores do rádio, logo após confirmar sua descoberta percebeu um pequeno detalhe de sua invenção, a falta de privacidade. Como dizia um amigo meu, ex-oficial de inteligência, ondas de rádio não tem dono (ainda que alguns afirmem o contrário).
A funcionalidade da rede GSM possui dois grandes requisitos:
Verdade seja dita, a limitação do protocolo e algumas outras falhas do GSM não costumam fazer diferença para 99% da população do planeta, porém, uma parte dos seres vivos preocupa-se com a possibilidade de que suas chamadas seejam interceptadas por um governo ou organização hostil.
Paranóia ou não, enquanto uma minoria desses seres vivos está tentando dificultar o trabalho policial outra grande parte está apenas em busca da privacidade prometida na Constituição brasileira. E diga-se de passagem, num país com um exército de arapongas à solta, preocupação nunca é demais. Lá em casa aprendemos desde cedo que o telefone, mesmo no gancho, pode ser usado como escuta. Sim leitores, preocupação com segurança vem de berço. :-)
Independente da motivação, até alguns anos atrás, aqueles que desejavam proteger suas conversas precisavam desembolsar uma quantia significativa de dinheiro por um celular modificado e com pouco recursos avançados. Era o caso do TopSec GSM da Rohde & Schwartz cuja "plataforma" consistia em um miserável Siemens S35. Em troca da segurança as funcionalidades iam pelo ralo. Porém, assim como o security officers irão aprender um dia, os fornecedores de celulares criptográficos descobriram que segurança e funcionalidades deveriam andar de mãos dadas.
No final de 2003, o lançamento do CryptoPhone da GSMK começou a mudar a cara desse mercado. Ao contrário dos modelos anteriormente disponíveis, a linha de aparelhos da GSMK era baseada em equipamentos mais modernos e com quase todos os recursos que um celular rodando Windows Mobile poderia oferecer. Entretanto o preço do CryptoPhone, cerca de € 1900 era um problema um tanto sério.
Hoje recebi um email do CEO da Voylent anunciando a nova versão do Voylent Communicator. Esse software é capaz de oferecer aos proprietários de certos aparelhos de celular a mesma funcionalidade de produtos como o CryptoPhone e o TopSec GSM mas sem restringir o usuários a determinados aparelhos com o software pré instalado. Ao contrário dos produtos até então disponíveis, o Voylent Communicator requer apenas um aparelho de celular S60 rodando Symbian.
Só o tempo irá dizer se o produto é realmente confiável. Ainda que o protocolo de comunicação tenha sido escrito com base em trabalhos de Bruce Schneier, a Voylent ainda não se decidiu quanto a possibilidade de abrir o código fonte de seu programa para avaliação de analistas indepentendes. Nada que uma série de emails não resolva.
- proteger da interceptação ilegal de sinais e ao mesmo tempo...
- manter a capacidade dos governos de realizar as chamadas interceptações legais;
Verdade seja dita, a limitação do protocolo e algumas outras falhas do GSM não costumam fazer diferença para 99% da população do planeta, porém, uma parte dos seres vivos preocupa-se com a possibilidade de que suas chamadas seejam interceptadas por um governo ou organização hostil.
Paranóia ou não, enquanto uma minoria desses seres vivos está tentando dificultar o trabalho policial outra grande parte está apenas em busca da privacidade prometida na Constituição brasileira. E diga-se de passagem, num país com um exército de arapongas à solta, preocupação nunca é demais. Lá em casa aprendemos desde cedo que o telefone, mesmo no gancho, pode ser usado como escuta. Sim leitores, preocupação com segurança vem de berço. :-)
Independente da motivação, até alguns anos atrás, aqueles que desejavam proteger suas conversas precisavam desembolsar uma quantia significativa de dinheiro por um celular modificado e com pouco recursos avançados. Era o caso do TopSec GSM da Rohde & Schwartz cuja "plataforma" consistia em um miserável Siemens S35. Em troca da segurança as funcionalidades iam pelo ralo. Porém, assim como o security officers irão aprender um dia, os fornecedores de celulares criptográficos descobriram que segurança e funcionalidades deveriam andar de mãos dadas.
No final de 2003, o lançamento do CryptoPhone da GSMK começou a mudar a cara desse mercado. Ao contrário dos modelos anteriormente disponíveis, a linha de aparelhos da GSMK era baseada em equipamentos mais modernos e com quase todos os recursos que um celular rodando Windows Mobile poderia oferecer. Entretanto o preço do CryptoPhone, cerca de € 1900 era um problema um tanto sério.
Hoje recebi um email do CEO da Voylent anunciando a nova versão do Voylent Communicator. Esse software é capaz de oferecer aos proprietários de certos aparelhos de celular a mesma funcionalidade de produtos como o CryptoPhone e o TopSec GSM mas sem restringir o usuários a determinados aparelhos com o software pré instalado. Ao contrário dos produtos até então disponíveis, o Voylent Communicator requer apenas um aparelho de celular S60 rodando Symbian.
Só o tempo irá dizer se o produto é realmente confiável. Ainda que o protocolo de comunicação tenha sido escrito com base em trabalhos de Bruce Schneier, a Voylent ainda não se decidiu quanto a possibilidade de abrir o código fonte de seu programa para avaliação de analistas indepentendes. Nada que uma série de emails não resolva.
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